Erro Informático Pode Alterar Rumo da Investigação na Morte de Mónica Silva
Operadora revelou falha técnica que alterou os dados sobre o telemóvel da vítima e levou a Polícia Judiciária a realizar buscas incorretas
O caso da morte de Mónica Silva, a grávida da Murtosa, que até agora tem desafiado as investigações da Polícia Judiciária (PJ), poderá ter dado uma reviravolta importante. A revelação de um erro informático nos dados de antenas de telemóvel levou a PJ a reconsiderar a sua linha de investigação. De acordo com informações divulgadas pelo Jornal de Notícias (JN), os dados inicialmente fornecidos pela operadora de telecomunicações, que indicavam que o telemóvel de Mónica Silva estava em Cuba, no Alentejo, ou em Sintra, estavam errados, o que implicou buscas em locais incorretos.
As primeiras buscas, que envolveram meios da Polícia Judiciária e da Marinha, ocorreram numa herdade no Alentejo de propriedade da família Valente, com base nos dados errados de localização do telemóvel. No entanto, a investigação tomou um novo rumo após a PJ descobrir que o telemóvel de Mónica nunca havia saído da Murtosa. O último sinal do aparelho foi registado na Torreira, uma localidade próxima da sua residência, afastando a hipótese de que o telemóvel tivesse estado em locais distantes do ponto onde foi encontrada a vítima.
A falha técnica, que originou a confusão, foi posteriormente identificada como um “bug” no software da operadora. Segundo fontes próximas do caso, o erro surgiu devido a falhas inesperadas na execução de um software ou hardware da operadora de telecomunicações, o que provocou uma sobreposição de dados errados. Esta sobrecarga de informações incorretas levou a PJ a direcionar buscas para regiões que, na realidade, não tinham qualquer ligação ao caso, atrasando a investigação.
A correção do erro agora identificado coloca em questão muitas das decisões anteriores tomadas pela Polícia Judiciária, que baseou várias ações em dados incorretos. A reunião entre as autoridades e a operadora foi essencial para esclarecer a origem do erro e permitir uma nova análise dos elementos de prova. A falha técnica, agora corrigida, poderia ter afetado decisivamente os rumos da investigação, considerando que, até então, as pistas sugeriam uma possível movimentação da vítima para áreas distantes da sua residência.
Este novo desenvolvimento traz uma luz de esperança para os familiares de Mónica Silva, que aguardam respostas claras sobre as circunstâncias da sua morte. As novas informações revelam que a investigação pode seguir agora um caminho mais preciso, livre de falhas nos dados. Contudo, ainda são muitas as perguntas sem resposta, e a PJ continuará a trabalhar para descobrir a verdade por trás desta tragédia. A revelação do erro informático sublinha a importância da precisão nos dados recolhidos e a complexidade da investigação em casos com múltiplos fatores técnicos envolvidos.