A apresentadora da RTP abriu o coração e falou sobre um dos períodos mais difíceis da sua vida — a perda do avô materno, vítima de cancro do pulmão
Tânia Ribas de Oliveira emocionou-se ao recordar o avô materno, figura que, segundo a apresentadora, foi uma das maiores inspirações da sua vida.
“Faleceu de cancro do pulmão”, começou por dizer, visivelmente comovida. “Lembro-me que me telefonava todos os dias antes disso. Ele tinha sido professor de português e às vezes era para me corrigir. Dizia: ‘Olha, disseste tão em vez de estão’. Era muito giro”, contou com um sorriso nostálgico.
Tânia garante que o avô manteve o seu espírito bem-humorado até ao fim. “Tenho a certeza de que uma das últimas coisas que fez foi ir à casa de banho fumar um cigarrinho”, partilhou, lembrando com ternura a personalidade irreverente do familiar.
O cancro acabou por ser fatal e, na altura da sua morte, Tânia confessa que ficou completamente sem forças: “Não consegui trabalhar durante cinco dias. Não tinha força anímica.”
O velório foi especialmente duro. “A minha avó, que já sofria de Alzheimer, não percebia o que se estava a passar. Disse-me: ‘Telefona ao teu avô que ele está atrasado para o velório deste senhor’. Foi horrível aquele momento”, recordou com emoção.
Hoje, Tânia encara a saudade de forma serena. “A saudade é uma companhia”, disse. “Já não choro pelos que perdi. O meu avô, para mim, é uma borboleta branca. Ninguém enxota uma borboleta — é bonita… e é isso que ele me lembra.”






