Pivô da SIC recorreu a metáfora visual para abrir o Jornal da Noite após o apagão nacional, gerando elogios pela criatividade e críticas pelo tom dramático
Rodrigo Guedes de Carvalho voltou a mostrar o seu estilo único e eloquente na abertura do Jornal da Noite desta segunda-feira, mas desta vez envolto em polémica. O jornalista da SIC surpreendeu ao surgir com iluminação reduzida em estúdio, como alegoria ao apagão que deixou grande parte de Portugal e outros países europeus às escuras. O gesto artístico dividiu o público entre aplausos e críticas.
“Boa noite, é uma sensação muito estranha…”, começou Rodrigo, num tom introspectivo, comparando o momento ao início da pandemia, mas sublinhando que desta vez era “muito mais estranho” por não saber quem o conseguia ver. “É como fazer um Jornal da Noite no breu para o vazio”, afirmou, num monólogo que procurou dramatizar o impacto do apagão sentido por milhões de portugueses ao longo do dia.
A abertura original foi partilhada no Instagram da SIC e rapidamente gerou centenas de reações. Muitos internautas elogiaram o jornalista, destacando a sua capacidade de comunicar de forma impactante. Comentários como “o melhor jornalista da atualidade” ou “um senhor sempre à altura das situações” foram recorrentes. Rodrigo foi descrito por muitos como um comunicador nato, com sensibilidade e sentido de oportunidade.
No entanto, nem todos os espectadores ficaram convencidos. Nas redes sociais como o Instagram e a plataforma X (antigo Twitter), surgiram críticas ao tom dramático da intervenção. “Que dramático”, “menos alarmismo, por favor” ou “desde a pandemia ganhou uma bazófia que não consigo compreender”, foram alguns dos comentários que marcaram a contestação, acusando o pivô de teatralizar demasiado a informação.
Apesar da controvérsia, o momento tornou-se viral e reacendeu o debate sobre a forma como a televisão deve representar eventos de grande impacto nacional. Seja por dramatização ou criatividade, Rodrigo Guedes de Carvalho continua a ser uma das figuras mais polarizadoras — e influentes — do jornalismo televisivo português.