Rajadas de vento atingiram os 169 km/h e Proteção Civil recebeu mais de 8 mil pedidos de ajuda
A depressão Martinho causou uma noite de caos em Portugal, com ventos extremamente fortes, chuvas intensas e milhares de ocorrências reportadas à Proteção Civil. O pico da tempestade ocorreu na madrugada desta quinta-feira, 21 de março, com uma rajada recorde de 169,2 km/h registada no Cabo da Roca, às 01h30.
As autoridades confirmaram que pelo menos oito pessoas ficaram feridas, com algumas a necessitarem de assistência hospitalar devido a quedas de árvores e estruturas colapsadas. Os distritos mais afetados foram Lisboa, Setúbal e Leiria, onde houve registo de inúmeras quedas de árvores, desabamentos e cortes de eletricidade.
A Proteção Civil recebeu mais de 8 mil pedidos de socorro em menos de 24 horas, um número que continua a aumentar com o levantamento dos estragos. As equipas de emergência estiveram no terreno durante toda a noite e manhã, atuando sobretudo em remoção de destroços, desobstrução de estradas e apoio a famílias desalojadas.
As previsões do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) indicam que o mau tempo deverá continuar pelo menos até sábado, 23 de março, com chuvas persistentes, ventos fortes e risco de inundações, especialmente nas bacias hidrográficas do Tejo, Mondego e Guadiana. A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) reforça o apelo à cautela da população, aconselhando a evitar deslocações desnecessárias e a garantir a segurança de casas e veículos.
Com o aumento do número de ocorrências e a previsão de mais instabilidade, as autoridades pedem atenção redobrada, especialmente para quem vive em zonas ribeirinhas ou áreas propensas a deslizamentos de terra. 🚨🌧️