A atriz Deborah Secco emocionou o público ao relembrar a perda precoce de sua irmã, Ana Luísa, durante uma entrevista ao portal LeoDias…
Ana Luísa tinha apenas cinco anos quando faleceu devido a complicações após uma “cirurgia super simples”. Deborah, que na época tinha apenas dois anos, compartilhou detalhes comoventes sobre o ocorrido e sobre como a tragédia moldou sua vida e a dinâmica familiar.
Segundo a atriz, sua irmã nasceu com problemas de saúde e enfrentou um choque anafilático ao receber um pré-anestésico antes da cirurgia. O médico responsável optou por tentar entubá-la em vez de realizar uma traqueostomia de imediato, o que levou a danos cerebrais severos. Ana Luísa viveu cerca de um ano em estado vegetativo antes de falecer durante o sono. Deborah destacou a dor vivida pela família e a resiliência de sua mãe, Silvia Regina, que assumiu um papel fundamental em sua criação após a perda.
Silvia Regina, mãe de Deborah, é descrita como uma figura de força e dedicação. Deborah destacou o sacrifício de sua mãe, que abriu mão da carreira profissional para se dedicar integralmente aos filhos. “Minha mãe é maravilhosa, uma mãe que dedicou a vida para os filhos. O meu trabalho e o facto de eu conseguir estar onde estou é porque a minha mãe abriu mão só para estar comigo e sonhar o meu sonho”, afirmou a atriz. A perda de Ana Luísa também fez com que Silvia adotasse uma postura de urgência diante da vida, refletindo diretamente na maneira como criou Deborah.
Deborah revelou que sua criação foi profundamente marcada pela memória da irmã. “Minha mãe nunca conseguiu dizer ‘não’ para mim porque disse ‘não’ para minha irmã, e ela morreu sem poder viver muitas coisas. Então, sempre que eu pedia algo, ela dizia: ‘Claro que pode’. Ela me criou com a ideia de viver cada sonho porque amanhã pode acabar”, compartilhou. Essa abordagem deu à atriz uma sensação de liberdade, mas também trouxe o peso emocional de viver como uma “substituição” para seus pais.
Mesmo enfrentando desafios emocionais profundos, Deborah reconhece que a liberdade concedida por sua mãe foi essencial para moldá-la como pessoa e como artista. “Eu dormia na cama que era da minha irmã, usava as roupas dela e cresci com esse peso. Mas foi essa liberdade que ganhei da minha mãe que me fez ser quem eu sou”, concluiu. O relato da atriz não apenas emociona, mas também serve como uma reflexão sobre perda, superação e a importância de viver plenamente.