Cristina Ferreira dá liberdade para que cada um defenda as suas preferências no reality show
A imparcialidade dos comentadores dos reality shows da TVI voltou a estar em debate, depois de declarações que confirmam aquilo que muitos já suspeitavam: a opinião dos comentadores não é neutra, mas sim baseada em preferências pessoais. Mafalda Castro, Cinha Jardim e outros rostos da estação abordaram o tema e admitiram que o objetivo dos comentários não é manter uma postura isenta, mas sim expressar opiniões e até tomar partidos.
Durante uma conversa recente, Cinha Jardim revelou que questionou diretamente Cristina Ferreira sobre a necessidade de ser imparcial nos seus comentários. A apresentadora e diretora de entretenimento da TVI deixou claro que nunca exigiu imparcialidade a nenhum comentador. “Eu perguntei à Cristina, e ela disse-me: ‘Não, não tens que ser imparcial, nem nunca pedi isso a ninguém’”, revelou Cinha, assumindo assim que o seu papel não é apenas comentar o jogo, mas também apoiar aqueles concorrentes que lhe são mais próximos.
Mafalda Castro reforçou esta ideia ao afirmar que a função dos comentadores não é manter um discurso neutro, mas sim dar opiniões e envolver-se no jogo. “Os comentadores não são para serem imparciais, são para terem opiniões”, disse a apresentadora, validando a postura assumida por Cinha Jardim e por outros colegas de painel. Esta visão levanta questões sobre a credibilidade dos comentários e sobre o impacto que essa parcialidade pode ter na perceção do público sobre os concorrentes.
Cinha Jardim, conhecida pela sua postura frontal e pelas suas preferências bem definidas dentro dos reality shows, defendeu-se afirmando que, embora possa não concordar com tudo o que um concorrente faz, apoia aqueles que considera ter “qualidades infindáveis”. Para a comentadora, expressar uma opinião sincera é mais importante do que tentar manter uma postura neutra apenas por obrigação.
Com estas declarações, fica evidente que os comentadores da TVI desempenham um papel mais próximo de apoiantes do que de analistas imparciais. A questão que fica no ar é se essa abordagem influencia a forma como o público interpreta o jogo e se poderá, de alguma forma, condicionar o percurso dos concorrentes dentro do reality show.