Madonna recorda a ligação única que tinha com o irmão Christopher Ciccone, partilhando memórias e uma homenagem tocante nas redes sociais…
Christopher Ciccone, o irmão mais novo de Madonna, faleceu na passada sexta-feira, 4 de outubro, aos 63 anos. Conhecido por ser um artista multifacetado e por ter colaborado em vários projetos criativos da sua irmã, a notícia da sua morte marcou profundamente a “Rainha da Pop”, que recorreu ao Instagram para prestar uma comovente homenagem, recheada de memórias da infância e do caminho que trilharam juntos.
Madonna iniciou o tributo descrevendo a relação íntima e singular que mantinha com Christopher. “O meu irmão Christopher desapareceu. Foi o humano mais próximo de mim durante tanto tempo.
É difícil explicar a nossa ligação, mas cresceu a partir de um entendimento que éramos diferentes e a sociedade ia dar-nos um mau bocado por não seguir o status quo.
Pegamos nas mãos um do outro e dançamos através da loucura da nossa infância”, escreveu a cantora, refletindo sobre a cumplicidade que partilharam desde cedo.
A dança, que se tornou parte essencial das suas vidas, foi um elo fundamental entre os dois. Madonna descreveu como a descoberta da dança na pequena cidade do centro-oeste americano onde cresceram os salvou, dando-lhes um escape criativo e emocional.
“A dança foi uma espécie de supercola que nos manteve unidos”, revelou, recordando o impacto positivo que o seu professor de ballet teve na vida de Christopher, criando um ambiente seguro para ele se expressar como um jovem gay.
Os laços entre os irmãos não se limitaram à dança. Quando Madonna decidiu ir para Nova Iorque para seguir uma carreira artística, Christopher seguiu-a, e juntos mergulharam na vibrante cena cultural da cidade.
“Devorámos arte, música e filmes como animais famintos”, escreveu a artista, lembrando os primeiros anos de luta e criatividade, onde Christopher não só a apoiou, mas também se tornou o diretor criativo de várias das suas digressões.
A homenagem de Madonna também tocou em momentos difíceis que viveram juntos, como a epidemia de SIDA nos anos 80, que dizimou muitos amigos próximos.
“Dançamos através da loucura da epidemia da sida. Fomos a funerais, chorámos e fomos dançar”, recordou. Mesmo com os altos e baixos que marcaram a sua relação, Madonna descreveu o irmão como um “pintor, poeta e visionário” e destacou o seu talento único e a sua personalidade afiada.
Embora os últimos anos tenham sido complicados, especialmente após o distanciamento causado pela publicação do livro de memórias de Christopher em 2008, intitulado Life With My Sister Madonna, a cantora revelou que voltaram a reaproximar-se quando o irmão ficou doente. “
Nos últimos anos, encontrámos o caminho de volta um para o outro. Fiz o meu melhor para mantê-lo vivo o máximo possível”, partilhou a cantora, aliviada por saber que Christopher já não está a sofrer.
Madonna encerrou o tributo com uma mensagem profunda de aceitação e despedida. “Fechamos os olhos e dançamos. Juntos. Estou feliz por ele não estar a sofrer mais. Sei que ele está a dançar em algum lugar”, concluiu.
A relação dos dois foi marcada por momentos de profunda ligação e conflitos, mas, no final, a dança e o amor partilhado superaram as dificuldades, deixando uma memória que Madonna promete carregar consigo para sempre.
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