Recorde o programa apresentado por Andreia Rodrigues e César Mourão que misturava música e desafios inusitados
Estreado a 28 de julho de 2013 na SIC, Cante se Puder foi um game show musical que trouxe um conceito inovador à televisão portuguesa. Inspirado no formato britânico Sing If You Can, o programa desafiava os concorrentes a interpretarem músicas conhecidas enquanto enfrentavam situações inesperadas e, por vezes, bastante desconfortáveis. O objetivo era simples, mas ao mesmo tempo hilariante: cantar sem se deixar perturbar pelos obstáculos impostos pelo jogo.
Com a apresentação de Andreia Rodrigues e César Mourão, Cante se Puder apostou na combinação entre música e humor. Os participantes, divididos em equipas, tinham de demonstrar resistência e concentração enquanto enfrentavam desafios inusitados, como cantar enquanto estavam submersos em água gelada ou lidavam com animais exóticos. A energia contagiante dos apresentadores e a criatividade dos desafios garantiam momentos de grande diversão para o público.
Apesar do conceito promissor e da curiosidade inicial gerada pela estreia do programa, Cante se Puder teve uma duração curta na grelha da SIC. O formato, que em outros países teve um desempenho mais sólido, acabou por não conquistar um público fiel em Portugal. No entanto, versões internacionais como a brasileira, transmitida pelo SBT e apresentada por Patrícia Abravanel e Marcio Ballas, conseguiram alcançar maior popularidade. Nos Estados Unidos, a adaptação Killer Karaoke, apresentada por Steve-O, também fez sucesso ao elevar os desafios a um nível extremo.
Mesmo com uma passagem breve pela televisão portuguesa, Cante se Puder deixou a sua marca como uma tentativa ousada de inovar no entretenimento musical. Para muitos telespectadores, o programa permanece como uma lembrança divertida de um formato que, embora efémero, proporcionou momentos de boa disposição e gargalhadas.
Atualmente, com a crescente popularidade de formatos interativos e desafios inusitados na televisão e nas redes sociais, é impossível não pensar que Cante se Puder poderia ter tido uma receção diferente se fosse lançado numa era mais digital. Quem sabe se, um dia, este conceito inovador não voltará aos ecrãs portugueses?