Cristina Ferreira regressou à TVI há três anos e, segundo a revista TV Mais desta semana, foi agora apanhada em contradições sobre a sua transferência.
No processo de contraordenação relacionado com a venda da Media Capital (dona da TVI) a Mário Ferreira, divulgado pela Entidade Reguladora para a Comunicação Social, foram apresentadas DUAS versões diferentes de Cristina Ferreira.
Em declarações à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), Cristina Ferreira afirmou que “não teria margem de crescimento dentro da estrutura” da SIC e que recebeu um contacto por parte da diretora da TVI, Lurdes Guerreiro, para saber se estaria interessada em regressar. Nessa abordagem, foi-lhe dito que, em caso afirmativo, deveria ter uma conversa com Nuno Santos (NS). Cristina terá respondido que não falaria com NS e admitiu não saber como essa resposta foi transmitida e gerida internamente. No entanto, logo a seguir, recebeu uma chamada de Mário Ferreira para falarem diretamente, que já havia sido apresentado como acionista da GMC.
Essa reunião com Mário Ferreira realmente ocorreu, e ele informou Cristina Ferreira que Nuno Santos estaria na estrutura da TVI como diretor-geral. Cristina respondeu que a conversa terminaria ali. Mário Ferreira referiu que o cargo de diretor-geral de NS estava distribuído e não seria alterado, e perguntou a Cristina se a possibilidade de se tornar acionista e administradora seria suficiente para continuarem a conversa. Cristina respondeu que sim, e a conversa prosseguiu.
“No entanto, mais tarde, em declarações no âmbito do procedimento administrativo, Cristina Ferreira veio afirmar que nunca falou com Mário Ferreira e que todas as conversações foram com Manuel Alves Monteiro. Não podemos deixar de notar a contradição entre os dois depoimentos de Cristina Ferreira e questionar a razão que a levou a adotar posturas completamente divergentes”, reagiu a comissão de inquérito.