Após Trágico Acidente em Coruche
Família enfrenta luto e luta por recuperação com fé e resiliência
João Vicente Caldeira, pai das crianças envolvidas no terrível acidente em Coruche, abriu o coração em entrevista à TV Guia para partilhar o estado de saúde das quatro filhas sobreviventes. O acidente, que tirou a vida do pequeno Vicente, deixou a família num misto de dor e esperança. Enquanto duas meninas já estão em casa, outras duas continuam internadas no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, lutando por uma recuperação completa.
Assunção e Amélia: De volta à rotina familiar
A filha mais velha, Assunção, de 9 anos, foi a primeira a ter alta hospitalar e já retomou as aulas, começando a reintegrar-se na vida escolar e social. Amélia, uma das gémeas de 6 anos, recebeu alta há uma semana e encontra-se em casa. Segundo João Vicente, ambas estão a reagir bem e recuperam dentro do esperado, trazendo algum alívio à família.
Carmo: Recuperação promissora apesar das fraturas
Carmo, de 7 anos, permanece internada no Hospital de Santa Maria, mas o seu estado clínico é animador. “Ainda não há previsão de alta, pois está condicionada fisicamente devido às fraturas nas pernas”, explicou o pai. No entanto, os médicos estão otimistas, e João acredita que a filha tem grandes probabilidades de recuperar totalmente. A evolução gradual traz esperança à família.
Graça: A maior batalha pela recuperação
Graça, a outra gémea de 6 anos, é o caso que mais preocupa os médicos e a família. Sofreu lesões graves na medula e abdominais, o que compromete seriamente a sua mobilidade. “A recuperação está a ser lenta, mas notámos uma ligeira melhoria nas lesões abdominais. Prognósticos só poderão ser feitos daqui a alguns meses”, revelou João. Apesar do risco de paralisia, a juventude de Graça é um fator que joga a seu favor. “A Deus e à medicina nada é impossível”, afirmou com fé.
Uma luta de fé e resiliência
João Vicente Caldeira, que ainda adia o luto pelo filho Vicente para se dedicar à recuperação das filhas e ao apoio à mulher, mantém-se resiliente. “Não há margem para ir abaixo”, confessou. A família continua a agarrar-se à fé e ao acompanhamento médico para ultrapassar esta tragédia. Apesar das dificuldades, o antigo forcado acredita na força das suas meninas e no poder da medicina para devolver a normalidade às suas vidas.