Um incidente violento abalou esta quarta-feira, 30 de abril, uma zona residencial em Osaka, no Japão…
Um homem de 28 anos conduziu de forma desgovernada, atropelando um grupo de crianças que regressava da escola. O ataque ocorreu por volta das 13h35 (hora local), ou 05h35 em Lisboa, segundo informou a agência japonesa Kyodo.
As vítimas são sete crianças — quatro rapazes e uma rapariga do segundo ano, e dois rapazes do terceiro ano do ensino básico — que estavam a caminho de casa depois do almoço. Todas foram transportadas para o hospital com ferimentos, mas encontravam-se conscientes no momento do socorro, de acordo com a emissora pública NHK e outros meios de comunicação social.
Uma testemunha relatou à Nippon TV que o carro “estava a ziguezaguear” antes de atingir os menores, e descreveu a imagem de uma das raparigas “coberta de sangue”, enquanto os outros apresentavam arranhões visíveis.
O agressor, um homem desempregado residente em Tóquio, foi detido no local. À polícia, admitiu que tentou matar os alunos por estar “farto de tudo”, de acordo com informações da agência Kyodo. Após o atropelamento, o suspeito foi retirado do veículo por professores da escola e, segundo testemunhas, “usava uma máscara cirúrgica e parecia estar em estado de choque”.
O incidente está a ser amplamente noticiado no Japão, onde crimes violentos deste género são relativamente raros, mas não inéditos. Relembra-se o caso de 2008, quando Tomohiro Kato matou sete pessoas e feriu outras dez em Akihabara, Tóquio, ao conduzir um camião contra transeuntes antes de os esfaquear aleatoriamente.
Tal como nesse caso, a nova tragédia reacende o debate sobre saúde mental, segurança pública e a resposta legal a crimes violentos no país. O Japão mantém a pena de morte — tal como os Estados Unidos, sendo os únicos membros do G7 a fazê-lo — com amplo apoio popular, segundo a AFP.
As autoridades locais continuam a investigar os detalhes do ataque e a acompanhar o estado de saúde das vítimas. O país volta, assim, a confrontar-se com a dura realidade de atos de violência inesperada, mesmo numa sociedade onde a segurança é geralmente tida como garantida.






