Apresentador recorda momento marcante e revela o que sentiu ao assistir à última bênção pública do pontífice
Manuel Luís Goucha, de 70 anos, confessou ter vivido um momento particularmente comovente ao assistir à última aparição pública do Papa Francisco, no domingo de Páscoa. Em declarações à revista TV7 Dias, o apresentador da TVI revelou que o olhar do pontífice o fez recordar intensamente os últimos dias da sua mãe, Maria de Lourdes, falecida em 2021.
“O rosto dele não tinha expressão. Lembrei-me do olhar da minha mãe”, disse, emocionado.
Apesar de se assumir como agnóstico, Goucha é conhecido pela sua admiração por Francisco, a quem sempre reconheceu como uma figura de enorme humanidade e compaixão. Por isso, fará questão de estar presente em Roma para acompanhar o funeral do Papa, que acontece este sábado, 26 de abril.
“Era o mesmo olhar… vazio”
Ao recordar o momento em que viu Francisco a bordo do papamóvel durante a tradicional bênção Urbi et Orbi, Goucha não escondeu o impacto emocional:
“Fez-me muita impressão. O rosto dele não tinha expressão. Era o mesmo olhar vazio da minha mãe, quando a visitei em Coimbra, 15 dias antes da sua morte.”
O apresentador descreve com detalhe o instante em que sentiu essa ligação profunda:
“Entrei no carro depois de estar com a minha mãe e o motorista perguntou-me como ela estava. Eu respondi que ia muito perturbado, porque achei que o olhar dela estava vazio.”
Ao ver o Papa acenar com dificuldade e sem expressão facial, Goucha reconheceu imediatamente aquele olhar:
“Ele dizia adeus, mas, praticamente, não acenava. A cara dele não tinha expressão. Parecia que já não estava cá.”
Um momento de humanidade
Conhecido pelo seu lado mais empático e emocional, Manuel Luís Goucha não esconde a carga simbólica e pessoal deste adeus papal. Ao aproximar-se o funeral de Francisco — marcado pela simplicidade que sempre defendeu — o apresentador reforça a sua admiração pelo Papa argentino, cuja presença tocou milhões de pessoas, independentemente da fé.






