António Raminhos critica abertamente o “papa-palco”: “vês Carlos Miguel, foi aqui que em 2023 se deu a desaparição de cinco milhões de euros!”

António Raminhos

António Raminhos

Esta semana ficamos a saber que a Câmara Municipal de Lisboa vai gastar cerca de 5 milhões de euros na Jornada internacional da Juventude para construir o “palco-altar”, onde o Papa Francisco vai celebrar uma missa.

António Raminhos não concorda com isto, e fez um post onde o diz abertamente:

“O palco para o papa, ou seja, o “papa-palco” vai custar quase cinco milhões. Isto custa muito a engolir quando penso que Jesus falava para quem o queria ouvir no Monte das Oliveiras. Não quer dizer que o Papa tivesse que ir falar ali para os Olivais, que é bem perto, mas enquanto Jesus pregava a simplicidade, a Igreja é a ostentação do Clero desde sempre.“, começa por dizer

“É mais do que um palco, nunca se fez nada igual”, diz o Carlinhos Moedas. Sabem também o que nunca se fez igual? Resolver a situação crescente de pessoas a viver em tendas em Lisboa! E pessoas com fome! E sem trabalho! E com serviços de saúde de bosta!“, escreve, criticando o presidente da Câmara de Lisboa.

“Para não falar do investimento total de mais de 30 milhões, por parte do Estado. Claro que vai atrair muita gente, mas muitos serão jovens que ficam em casas de voluntários e que comem latas de atum.

Adorava que o Papa soubesse disto e dissesse: “eh pá caguem lá no palco… prefiro que façam esse investimento nas pessoas da cidade.” “Ah, mas a estrutura vai ser usada para outras coisas!” Vai, para quê? Depois de lá estar o Papa, vão lá os The Jesus and Mary chain? Ou o palco vai marcar o regresso de Marilyn Manson? Ou se calhar é a nova casa da Cristina Talks!”“, acrescenta em tom irónico.

“O palco tem 5 mil2. Metade de um campo de futebol! E os dois mil lugares à frente são para bispos e a entourage toda! Ninguém que esteja no público vai ver o Papa! “Olha Joana! Está ali o Papa! Ai não, é uma gaivota!” E quantas vezes por ano se fazem eventos desta magnitude para rentabilizar uma estrutura daquele género? A não ser que seja um novo Santuário, tipo o de Fátima, onde as pessoas vão em família contar a história aos filhos: “vês Carlos Miguel, foi aqui que em 2023 se deu a desaparição de cinco milhões de euros!””. termina por dizer.

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