Na reta final da campanha eleitoral para as legislativas de domingo, André Ventura surpreendeu ao reaparecer na arruada final do Chega, no Largo de Camões, em Lisboa, esta quinta-feira, 15 de maio, poucas horas depois de ter tido alta hospitalar…
O líder do Chega esteve internado no Hospital de Setúbal, na sequência de um novo problema de saúde. À saída da unidade hospitalar, admitiu aos jornalistas que os médicos o tinham aconselhado a “parar um pouco” e a iniciar medicação, afirmando mesmo que não conseguiria acompanhar o encerramento da campanha.
Contudo, contrariando as recomendações clínicas, Ventura marcou presença num dos momentos mais simbólicos da corrida eleitoral do seu partido. “Eu sei que não devia estar aqui hoje, mas eu não conseguia. Eu não conseguia, em consciência, em alma, não conseguia não estar aqui hoje por vocês e não conseguia não estar aqui hoje para conseguirmos cumprir a missão que temos de transformar Portugal”, declarou perante os militantes e apoiantes reunidos no centro da capital.
Visivelmente emocionado, Ventura aproveitou o momento para deixar palavras de agradecimento à sua equipa de campanha e aos apoiantes por todo o país:
“Houve muitos que me quiseram mal, houve muitos que me queriam morto, acabado e enterrado, mas houve muitos mais que nos quiseram bem, muitos mais que nos deram força”, afirmou, numa alusão às críticas e tensões políticas que marcaram os últimos dias da sua ausência.
O reaparecimento do líder do Chega gerou reações imediatas, tanto entre apoiantes como entre adversários políticos, reavivando o debate em torno da intensidade da campanha eleitoral e da saúde dos principais rostos partidários.
Com a campanha a chegar ao fim e as urnas prestes a abrir, o gesto de André Ventura foi lido por muitos como um sinal de resiliência, embora também tenha levantado questões sobre a sua condição clínica e a pressão emocional e física que envolve uma corrida eleitoral.