Completamente indiferente a críticas…
No passado domingo, dia 29 de setembro, a XXVIII Gala dos Globos de Ouro reuniu inúmeras personalidades do entretenimento, cultura e moda em Lisboa. Entre as figuras mais comentadas da noite esteve a fadista Ana Moura, que chamou a atenção ao desfilar na passadeira vermelha com um ousado vestido transparente preto.
O visual escolhido não foi apenas um ícone de moda, mas também uma extensão da mensagem artística que a cantora pretende transmitir com o seu novo single, “Desliza”.
O vestido, uma peça de arquivo da renomada designer Ann Demeulemeester de 2002, foi uma escolha arrojada, reforçando o minimalismo e a elegância que a estilista belga trouxe para a moda.
Em entrevista à repórter do programa “Passadeira Vermelha”, Ana Moura explicou a sua opção de estilo, destacando a conexão do vestido com o conceito por trás da sua nova música. “Este vestido acompanha a mensagem deste single que estou a lançar (…) Eu acho muito bonito e apropriado para a noite de hoje”, disse a fadista, contextualizando o seu visual como parte de uma expressão artística mais ampla.
A escolha de Ana Moura foi amplamente discutida nos programas sociais, incluindo no “Passadeira Vermelha” da SIC, onde os comentadores Filipa Torrinha Nunes, Joana Latino e Heitor Lourenço analisaram o look. A discussão centrou-se na ousadia e no impacto cultural da roupa, que não passou despercebida entre os espectadores e nas redes sociais.
Enquanto alguns elogiaram a audácia e a criatividade da fadista, outros questionaram se o visual seria apropriado para a ocasião.
No entanto, Ana Moura não se deixou abalar pelas críticas e aproveitou para esclarecer a inspiração por detrás do seu novo single “Desliza”, que tem como base um ensaio de uma escritora norte-americana que reflete sobre o conceito de erótico. A cantora destacou que a sociedade patriarcal tende a confundir o erótico com o pornográfico, quando são conceitos “diametralmente opostos”.
Com esta explicação, Ana Moura reforçou que a sua escolha de visual e música pretende desafiar percepções e incentivar uma reflexão mais profunda sobre a sexualidade e a expressão pessoal.
Com uma postura confiante, Ana Moura deixou claro que está a seguir o seu próprio caminho, tanto na música quanto na moda. “Eu uso o que quero, canto o que quero e estou só a seguir o meu caminho”, declarou. Esta afirmação reafirma o papel da fadista como uma artista independente e fiel às suas convicções, que utiliza a sua plataforma para explorar temas complexos e, muitas vezes, controversos.
A aparição de Ana Moura na gala dos Globos de Ouro 2024 não foi apenas uma celebração do seu novo trabalho musical, mas também um momento marcante de empoderamento feminino e artístico. Ao unir moda e música de forma tão harmoniosa e significativa, a fadista garantiu que a sua presença será lembrada como uma das mais emblemáticas da noite.