Maria Violante, mãe de Marco António, partilha as dores de um passado marcado por sacrifícios e afastamento do filho, agora herdeiro da fortuna do cantor
A relação entre Marco Paulo e o seu afilhado, Marco António, carinhosamente chamado Marquinho, sempre foi especial e marcou a vida do falecido cantor. Criado ao lado do padrinho e do pai, António Coelho, na emblemática quinta na linha de Sintra, Marquinho cresceu numa dinâmica familiar que deixou marcas profundas em todos os envolvidos, especialmente na sua mãe, Maria de Lurdes Violante.
Em entrevista recente a Manuel Luís Goucha, na TVI, Maria Violante abriu o coração sobre os sacrifícios que teve de fazer após o divórcio com António Coelho, em 2000. Na altura, Marquinho permaneceu a viver com o pai e o padrinho, enquanto a mãe se ajustava a uma nova realidade longe do filho. “Fiz sacrifícios, doeu-me algumas vezes, mas sempre estive presente. Sempre fui uma mãe presente”, sublinhou Maria, visivelmente emocionada.
António Coelho e Marquinho tornaram-se os dois beneficiários principais do vasto património de Marco Paulo, recebendo 45% cada do testamento do cantor, que faleceu a 24 de outubro. A relação entre António e Marco Paulo começou há décadas, numa atuação em Matosinhos, em 1976. Desde esse encontro, a amizade cresceu, culminando na entrada de António e do seu filho na vida do cantor, que sempre os considerou a sua verdadeira família.
O vínculo entre Marco Paulo e Marquinho tornou-se ainda mais forte quando, em 1996, o artista enfrentou um cancro nos testículos e acreditou que poderia não sobreviver. Foi nesse mesmo ano que António Coelho e Maria Violante se casaram, adquirindo um apartamento em Massamá Norte, mas o casamento acabou em divórcio quatro anos depois. Após a separação, o jovem Marquinho permaneceu ao lado do pai e do padrinho na quinta de Sintra, enquanto a mãe enfrentava o afastamento com resiliência.
Com a morte de Marco Paulo, António e Marquinho herdaram mais do que bens materiais; herdaram o legado emocional e as memórias de uma relação construída em amor e dedicação. Para Maria Violante, o reconhecimento de que sempre foi uma mãe presente, apesar da distância física, é o que mantém o coração em paz diante de um passado de desafios e sacrifícios.
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