Cantor foi vítima de septicemia após ter sido mal diagnosticado
A morte repentina de Nuno Guerreiro, no passado dia 17 de abril, aos 52 anos, apanhou de surpresa fãs, colegas e amigos. O cantor, conhecido pela sua voz única e carreira de sucesso com os Ala dos Namorados, sucumbiu a uma septicemia – uma infeção generalizada grave – que progrediu de forma fulminante. A médica Clara Capucho, que o assistiu em Lisboa dias antes da sua morte, falou em exclusivo sobre os momentos finais do artista e expressou o profundo pesar com a perda de um amigo tão próximo: “Tenho uma grande dor.”
Nuno Guerreiro começou a sentir os primeiros sintomas na sexta-feira anterior, dia 11, com dores e mal-estar generalizado. Procurou ajuda no Centro de Saúde de Loulé, onde, segundo fontes próximas, foi-lhe diagnosticada uma simples virose e foi mandado para casa. No dia seguinte, o estado agravou-se e acabou por ser atendido num hospital da região, onde lhe foi administrada uma injeção. No entanto, a situação continuou a deteriorar-se até que, já em Lisboa, a sua médica de confiança reconheceu a gravidade do caso e encaminhou-o de urgência para o Hospital São Francisco Xavier.
Clara Capucho revelou que Nuno chegou muito debilitado e foi internado de imediato nos cuidados intensivos. “Infelizmente, a infeção foi grave e levou-o à morte. Foi feito tudo o que era possível, mas não conseguimos…”, confessou, visivelmente emocionada. A médica, que também era amiga pessoal do cantor, evitou entrar em detalhes sobre quem acompanhava Nuno nesse momento, apenas referindo que ele “não veio sozinho” e que o estado de saúde já não lhe permitia deslocar-se sozinho.
O agente do artista, Manuel Moura dos Santos, reforçou que o cantor morreu vítima de septicemia e desmentiu rumores infundados que começaram a circular após a sua morte. “Fizeram-lhe todo o tipo de análises. Não tinha HIV, isso é um disparate completo”, garantiu. O agente lamentou ainda a perda de um artista exemplar: “Trabalho com ele há 32 anos e nunca o vi verdadeiramente doente. Era meticuloso, cuidava-se muito, especialmente com a voz.”
Nuno Guerreiro vivia com a mãe, de 81 anos, que, segundo amigos próximos, está devastada. “Ela vivia para ele. Acompanhava-o para todo o lado”, confidenciou uma fonte familiar. O velório decorreu a 22 de abril na Igreja de São Francisco, em Loulé, e no dia seguinte realizou-se a missa de corpo presente, seguindo-se o funeral no Crematório de Faro. A perda do cantor deixa um vazio na música portuguesa e um eco de tristeza em todos os que o conheciam de perto.






