Críticas surgem após o lançamento da nova temporada…
A terceira temporada do documentário “Eu, Georgina”, que estreou a 18 de setembro na Netflix, trouxe mais uma vez a vida de Georgina Rodríguez e da família para o ecrã. Desta vez, no entanto, o foco está na nova realidade em Riade, Arábia Saudita, onde vive com Cristiano Ronaldo e os filhos desde que o futebolista se juntou ao clube Al Nassr. No entanto, a receção desta nova temporada não tem sido positiva, especialmente entre a imprensa espanhola.
O conceituado jornal ‘El País’ criticou abertamente o documentário, acusa Georgina de “branquear a imagem” do regime da Arábia Saudita. Segundo a crítica, a produção parece estar a suavizar a realidade daquele país, apresentando um retrato luxuoso e glamoroso da vida em Riade, o que, segundo o jornal, não corresponde à realidade de um regime com fortes restrições aos direitos humanos. A acusação de que o documentário está a servir como uma espécie de relações públicas para a Arábia Saudita foi amplamente discutida nos media, gera um intenso debate.
No programa “V+ Fama”, transmitido pela TVI, o comentador Adriano Silva Martins afirmou: “Segundo o que consta, ela está a fazer de relações públicas da Arábia Saudita e se calhar está a vender um país que não funciona bem daquela forma. O que nós sabemos é que não é um país ocidental e que tem outras tradições. Ela, enquanto ocidental, se calhar está ali a branquear uma realidade que não existe.” Estas declarações intensificam a discussão em torno do papel de Georgina no documentário e das mensagens transmitidas sobre a cultura e o regime saudita.
Pimpinha Jardim, também comentadora do programa, acrescentou outra perspetiva sobre as críticas, refere-se à qualidade do conteúdo. Segundo ela, uma das grandes falhas desta temporada é a perda da autenticidade que caracterizou a primeira temporada: “Aquilo que eles [‘El País’] se queixam é que a primeira temporada era muito mais original, em que a Georgina mostrava coisas muito mais reais. Nesta terceira temporada só se vê basicamente luxo, ela diz coisas sem nexo.” Pimpinha realça a desconexão entre o conteúdo exibido e o público, sugere que a nova abordagem não está a atrair o mesmo nível de empatia e envolvimento.
Além do ‘El País’, outros meios de comunicação espanhóis, como o ‘El Mundo’, também atacaram esta nova temporada, acusam-a de falta de substância e de ser um mero espetáculo de ostentação. As críticas apontam que a série se afastou do que inicialmente conquistou os fãs – uma visão íntima e autêntica da vida de Georgina – para se concentrar quase exclusivamente no luxo e glamour, com pouca profundidade sobre as verdadeiras questões enfrentadas pela família e pelo país em que vivem.
Apesar das críticas, “Eu, Georgina” continua a gerar interesse pelo retrato da vida de uma das mulheres mais mediáticas do mundo. Contudo, a questão que agora paira é se a produção irá responder às críticas e recuperar a autenticidade que conquistou o público nas primeiras temporadas, ou se irá continuar a seguir um caminho mais polémico e luxuoso.